Vencendo o gigante da desesperança (parte 2)

“Quero trazer a memória o que pode me dar esperança”.
                                                                                                                         Lm. 3-21

Como estamos vivendo hoje? O que e que tem ocupado o nosso pensamento? O que tem dominado a nossa mente? O que e que tem, de alguma forma, influenciado todas as nossas idéias? O que e que tem constituído os grandes temas dos nossos raciocínios?

Alguns de nós só temos pensado na perda, na humilhação, na frustração, no abandono - seja do esposo ou da esposa - na indiferença ou na ingratidão dos filhos, no golpe que recebemos de quem tratamos com carinho.

Alguns de nós só temos conseguido nos lembrar do caos, e vivemos ai nessa câmara de ecos horríveis que vem do passado. Razões pelas quais devemos ter esperança.

A primeira delas é o fato de que o Deus ao qual servimos e misericordioso. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. Porque não tem fim, renovam-se cada manhã.

O problema de Jeremias era como estar acordando. De manhã, ele era um poço de amargura. Então diz: “Quero trazer a memória o que pode me dar esperança”. E o que podia dar-lhe esperança? As misericórdias do Senhor!

O fato é que Deus é o Deus que renova as coisas. Que as misericórdias dele existem sob o signo do novo, renovam-se a cada manhã. Misericórdias não se congelam, não se cristalizam.

A segunda razão é a fidelidade do Senhor. Porque essa misericórdia não e mero emocionalismo divino. É uma misericórdia patrocinada pelo caráter de Deus. Não é porque Deus teve um caráter de misericórdia para conosco que se engraçou com a nossa vida. Não! A garantia de que a Sua misericórdia veio e continuará vindo, e a fidelidade de Deus.

Em terceiro lugar Deus não tarda! Jeremias traz a mente, a fim de alentar-se e o fato de que Deus aparentemente tarda, mas a sua intervenção na verdade chega. Aos nossos olhos pode ser uma postergação definitiva, um protelamento estranho de Deus a situação que nos possa estar acometendo.

Deus está sobre tudo, não como Maomé ou Alá dos maometanos. Fatalista e impassível ante a existência humana está sobre tudo, não na perspectiva dos deistas, que crêem num deus que criou o cosmo, alienou-se para fora dele, e agora e o único espectador dessa dramática existência humana.

Quem é que pode dizer assim será, e isso vai acontecer sem que Deus, de alguma forma, não tenha permitido?

Pense sobre isso, um forte abraço e forca sempre.