Vencendo o gigante da desesperança (Parte 1)

Como sabemos, a vida humana acontece no meio de uma guerra. O “existir” de cada um de nós é extremamente ambíguo.

Há dias em que estamos efervescendo de alegria, há outros em que nos desmoronamos de tristeza. Há dias em que somos cidadãos da esperança, há dias em que habitamos as regiões lúgubres da desesperança e da infelicidade. Há dias em que somos campeões de fé, há dias em que já estamos derrotados antes mesmo da batalha. Há dias de luz, há dias de trevas, há dia para tudo debaixo do sol, e nenhum de nós  passa a vida inteira sem se chocar com essa dialética da existência, com o sim, com o não.

Essa ambigüidade às vezes instala-se em nós, e dependendo do momento, o que se cria no nosso interior é um fruto extremamente amargo, com a fisionomia da maior desesperança. A maioria de nós tem vivido de um modo ou de outro essa situação de perder a fé em Deus e na vida. Vamos ficando amadurecidos, mas algumas vezes o amadurecimento é um “pseudo-amadurecimento”, é enrijecimento, e entorpecimento, e processo de petrificação, de embrutecimento, e situação caótica de perder a possibilidade de crer, de esperar, de se empolgar, de sonhar e realizar, de ver o melhor, de profetizar, ante as desgraças da vida, a libertação que só vem do Senhor.

A  situação do profeta Jeremias
Jeremias um dia esteve assim. Aflito, esmagado, cansado, oprimido, a nação acossada pelo regime estrangeiro, pela superpotência babilônica, que estava achatando todas as esperanças humanas.

Os reis foram tornando-se subservientes e foi acontecendo uma tremenda humilhação nacional aonde todos assumiram o fato de que eram seres humanos de segunda categoria e portanto, servos irremediavelmente perdidos, dos senhores babilônicos.

Além disso, havia idolatria, mornidão, desesperança, afastamento de Deus, apostasia da fé, o caos familiar instalado no país, e de repente o próprio Jeremias começou a deixar contagiar-se.

Amanheceu sem sonhos. Dormiu sem fé, parece que o nervo da sua alma fora extirpado porque agora ele é insensível. Nada mais o toca. Vestiu-se de uma couraça interna, que e ao mesmo tempo sua proteção, seu claustro e sua prisão.

Jeremias nessa situação volta-se, confronta-se a si mesmo, sacode de si todo este mofo emocional e diz: não e não permitirei que a minha mente seja como um poço de amarguras. Não vou permitir que a minha mente seja como teia a aprisionar todos os insetos malévolos que fazem zumbidos ruins. A minha mente não será a memória da dor. 

"Eu quero trazer a memória o que me pode dar esperança” Jm.3:21.

Querido amigo, vou continuar essa mensagem na próxima semana, quero motivá-lo a estar comigo todas as quintas-feiras às 17h30 ou às 19h30 na “Derrubando gigantes e alcançado vitórias”.

Até breve.

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